"O entusiasmo é a maior força da alma. Conserve-o e nunca faltará poder para obter o que desejar."
No dia 24 de setembro após a reflexão de como trabalhar o cinema na sala de aula aconteceu a exibição do filme "Narradores de Javé".
Os cursista discutiram as questões abaixo:
- O que significa fazer “o papel de escriba”?
- Qual o papel do escriba naquela comunidade?
- Qual a relação entre oralidade e escrita?
- Como você percebe a relação entre ser alfabetizado e ser letrado no contexto do filme?
- Qual a importância do escriba na construção da leitura e da escrita?
- Qual a importância de narrar nossas histórias?
- Que imagem ficará na memória?
- Como trabalharia o filme na sala de aula?
Os cursistas deram boas risadas e durante a análise houve muitos depoimentos enriquecedores.
"Se eu não entendo eu não escrevo. Isso acontecia comigo nas aulas de Filosofia. A imagem do filme pra mim é o personagem Beá com suas caras e bocas para dar respostas. A intertextualidade que pode ser feita me chamou a atenção, numa cena me lembrei de Dom Quixote." Profesora Laura
"O modo como cada um quer ser herói, a forma de Beá conquistar as coisas e suas rimas e o conhecimento de mundo de Zaqueu me surpreenderam." Professor Gleyson
"A imagem que ficará na memória é o sino, a desenvoltura de Beá, a luta durante todo o filme e a tristeza." Professora Arlete
Os cursistas destacaram que há vários temas possíveis de serem trabalhados em sala de aula como o regionalismo, a seca, a humildade do povo, a alegria de viver apesar de tudo, a valorização do lugar onde vive, fazer a intertextualidade com o filme O auto da Compadecida. Pensam que este filme será uma boa oportunidade para alunos refletirem, principalmente os adolescentes.
Encerramos esta oficina recheada de pipoca e risos com a leitura e comentários das frases abaixo:
“O contar uma história preserva o narrador do esquecimento; a estória constrói a identidade do narrador e o legado que ela ou ele deixa para o futuro.”
Alessandro Portelli
“(...) a arte de narrar é uma relação alma, olho e mão: assim transforma o narrador sua matéria, a vida humana.”Ecléa Bosi
Professora Alzeni Pinheiro de Sousa