quarta-feira, 8 de abril de 2009

Memória de leitor

Descobri as palavras aos seis anos. Naquele tempo era essa a idade que se começava a estudar na escola pública. Lembro-me com carinho da minha professora, a "tia" Fatinha, que ainda vejo de vez em quando pelas ruas da cidade. Cidade pequena tem dessas coisas.
Ainda tenho meu primeiro livro, com meus primeiros rabiscos. Uma letra feia! Mas me sinto feliz por ainda tê-lo comigo.
Nos anos iniciais me recordo de alguns versos de um poema do livro didático " Arabela abria a janela/ Carolina erguia a cortina/ E Maria dizia "Bom dia!". Acho que não é bem assim... Alguém me ajude por favor. Quem é o autor?
Quando estava na quinta série conheci a história de Robinson Crusoé, mais tarde Sozinha no mundo, livro de Marcos Rey da coleção Vaga-lume. A escola não possuia biblioteca e os alunos não eram incentivados a aprimorarem a leitura através de outros livros que não fosse o didático.
No ensino médio a exigência era maior e havia o laboratório de leitura. Mesmo assim penso que poderia ter sido muito maior.
Na faculdade a correria. Livros que já poeria ter lido com mais tempo agora precisava ler em tempo recorde ou ler apenas sinposes.
Confesso que tenho ciúmes dos livros que hoje possuo. Hoje sei da importância da leitura na vida das pessoas e empresto meus livros. Desejo que o número de leitores seja maior a cada dia, que a viagem pela leitura seja mais prazerosa. As bibliotecas precisam ser invadidas.
Gosto muito de poesia, de contos, anedotas, dos livros de Augusto Cury, de Guimarães Rosa...
Busco sempre inovar as atividades literárias em sala de aula para que meus alunos sintam que ler é bom, ler é necessário.
Esta semana tive a sorte de trabalhar com os alunos do 7º ano o texto A moça tecelã. Através de poesia, acróstico, maquete, pintura e história em quadrinhos os grupos formados fizeram belas reflexões.

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